Agricultura, meio ambiente e bom senso.

           
Olá senhoras e senhores

Nestes últimos meses temos visto uma onda de notícias sobre as queimadas no Brasil; de fato, elas acontecem todos os anos em maior ou menor intensidade. Não se sabe até que ponto o governo da França está preocupado com nossas questões ambientais ou seu próprio protecionismo. Preocupado ou não, o importante é que temos que fazer nosso papel aqui. Por exemplo, não é interessante que tenhamos em momentos de crise uma pessoa (representante) que coloque a culpa nos outros como justificativa para nossos problemas; também cabe a sociedade uma discussão mais séria sobre o assunto, afinal de contas, como tratamos o meio ambiente no Brasil? O que acontece com a Floresta Equatorial Amazônica?

Vista da fossa tectônica do Paraíba do Sul, alto da Serra da Mantiqueira. Não tenho fotos de minha autoria da Amazônia ... 😂


Não é justo, nem de bom senso que justifiquemos um erro nosso apontando o erro do próximo, não funciona assim. Infelizmente tal attitude beira o infantil. O setor agropecuário brasileiro é grande o bastante para manter-se por si, mas uma imagem vale muito, e, a imagem que o nosso setor precisa é do ambientalmente correto, pois é isso que o consumidor mais exigente lá fora está procurando. Muitas vezes a pessoa não separa nem o próprio lixo em casa mas quer um produto correto ambientalmente. E o nosso papel é fazer o trabalho correto e não se preocupar com o que os outros fazem por aí; sejamos exemplos e trabalhemos para isso.

O Brasil precisa fazer sua parte no controle do desmatamento da Amazônia e na preservação de tantos outros ecossistemas. Já é sabido que podemos aumentar nossa produção por hectare sem a necessidade de desmatar; o modelo que estamos praticando é insustentável. Nosso país possui uma grande quantidade de pastagens degradadas que estão subutilizadas, precisamos de políticas para recuperação dessas áreas de modo que as florestas possam ficar em pé. Estamos chegando ao ponto que cada hectare de floresta derrubada cria mais prejuízo do que lucro para o nosso país; é evidente que a floresta já possui valor capital, não é mais uma questão só de preservação ambiental.

Nosso modelo de produção (capitalista ou socialista), nos útimos 3 séculos, tem como um produto final o CO2, este que é eliminado livremente no ar. O nível de COcresce a cada dia na atmosfera e cada pergunta feita sobre os efeitos dessa crescente concentração é respondida com mais perguntas, ou seja, não se sabe exatamente o que vai acontecer ou se vai acontecer algo. Muito já é falado sobre a elevação da temperatura global, entretanto outras pessoas dizem que o aumento é um processo natural. O fato é que estamos alterando variáveis que não temos a ideia do efeito. A Amazônia é fundamental para a regulação do clima a nível global, muito da chuva do Centro Oeste brasileiro e do Sudeste vem da região norte, isso é um fato.

Existem estudos que mostram que com o aumento do COo processo fotossintético pode ser prejudicado, e que a adubação, principalmente a nitrogenada, não faria o mesmo efeito necessitando de mais adubo aplicado para a mesma produção. Outros estudos mostram a elevação do COprejudicando principalmente a triticultura, uma cultura essencial para a nossa sobrevivência.

A medida que desmatamos aquela floresta estamos dando um tiro em nossos pés. Também ao aumentarmos o nível de COatmosférico não sabemos o que estamos modificando. Até que momento esse equilíbrio será mantido é uma incógnita, pode-se dizer que uma vez ultrapassado o limite da floresta será difícil revertermos a situação para a normalidade que estamos acostumados.

A discussão vai bem além do que foi dito aqui, mas em poucas palavras já dá pra ver o tamanho do problema.

Um forte abraço.
Medina


Comentários

  1. Isso ai. Recuperação de pastagens degradada é mais rentável, correto e sustentável que desmatamento. Ninguem toca nessa ferida!

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